CONSCIÊNCIA

A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

Todas as cartas de amor...

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Um jeito estúpido de te amar

Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais presa ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão , e eu sou o centro das atenções , Mas a mentira da aparência do que eu sou , e a mentira da aparência do que você é .
Por que eu , eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nu , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste .

sábado, 9 de maio de 2009

AMOR DE MÃE

Dia da mãe ?
Mas por quê?
Pois se ela, todo o ano,
nos dá amor e carinho,
nos ampara, nos afaga
e nos dá tudo o que tem.

Sim, por que só nesse dia
nós lhe mostramos interesse?
A mãe merece presentes,
merece beijos, abraços,
caricias e muito mais.

Por isso nós dia a dia
vamos-lhe passar a dar,
com bondade, amor profundo.

Tendo sempre em pensamento,
seja qual for o momento,
que nenhum de nós sem ela
estaria agora no mundo.


O amor de mãe é o combustível que capacita um ser humano comum a fazer o impossível.

Marion C. Garretty

O amor de mãe por seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. Ele não obedece lei ou piedade, ele ousa todas as coisas e extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho.

Agatha Christie

sábado, 2 de maio de 2009

HIPOCRISIA




É a maninha que me mata
O vicio que me destrói
Mentira que me sustentam
o contentamento descontente
de uma ilusão

Vivo luxo na miséria
Ser quem nuca fui,
Escondo-me de mim para os outros
Envergonhado do que sou.
autoria de luvuvamos

terça-feira, 28 de abril de 2009

poema

Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,
sem falta lhe terá bem merecido
que lhe seja cruel ou rigoroso.

Amor é brando, é doce e é piadoso.
Quem o contrário diz não seja crido;
seja por cego e apaixonado tido,
e aos homens, e inda aos deuses, odioso.

Se males faz Amor, em mi se vêem;
em mi mostrando todo o seu rigor,
ao mundo quis mostrar quanto podia.

Mas todas suas iras são de amor;
todos estes seus males são um bem,
que eu por todo outro bem não trocaria

outoria de luis de camões

quinta-feira, 23 de abril de 2009

NA MARGEM DA VIDA



um olhar ansioso sobre o horizonte
da imensidão do mar e da ilha do desespero
avista em cada embarcação uma oportunidade...

oportunidade singular arrastado pelos ventos
na calada da noite a solidão se prolonga
e o frio faz de mim seu refém

na ilusão de ótica o refugio do vazio
e em cada miragem o pesadelo angustiante

embarquei na probabilidade nebulosa
na esperança de uma infinita felicidade

desembarquei na margem do ilusionismo
transportando comigo na bagagem,
a loucura das paixões e a dor que me tortura
a hipocrisia de ser amado e a amargura que me agonia

sobrevivi a um amor irônico e viverei
na esperança de embarcar em um autêntico
na certeza de o encontrar na margem da vida...
autoria de luvuvamos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

vidas perpendiculares

Assim como aço
Sobre a dor forjei
Assim como historia
Sobre o tempo resisti
Perdendo-me

Assim como um localizado
Nos seus braços encontrei-me

Sobre a ilusão de um olhar espontâneo
Despertou a paixão adormecida

assim como uma morte subta
meu amado se foi
sem deixar rastro evaporou-se


autoria de luvuvamo

domingo, 12 de abril de 2009

AI SE EU PUDESSE

Ai se eu pudesse
Olhar e enxergar você
Não o menosprezaria...

Ai se eu pudesse
Calibrar o amor do instinto
Não o decepcionaria...

Decepção, um elogio do que foi
Aquilo, aquilo que...
Mal consigo o adjetivar o desastre
Que designaste de amor eterno...

Amor eterno...
Obsessão ilusória
De sonhos infantil
Paralela a minha realidade

Mesmo se eu pudesse...
Não sei se diria o mesmo
Daqueles mementos...
autoria de luvuvamo

sábado, 11 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

AMOR

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

poema do Luís de Camões

" Consciência Negra "

CHORO DE MULHER

domingo, 5 de abril de 2009

QEM SOU

Quem sou
Se não um guardanapo
Jogado ao relento
Distante da compaixão
Perto do abismo...

Quem sou
Se não um instrumento de trabalho
Do mundo explorarista
Sem direitos e sem remuneração
Apenas com deveres...

Quem sou
Se não a força motriz
Alavanca da burguesia
Escravizado em nome de Deus
Forçado a tudo...

Quem sou
Se não um contratado
Arrancado dos braços da mãe
Levados pela suposta civilização...

Quem sou
Se não um camponês oprimido
Marcado pelo chicote,
Que a saudade o atormenta
De madrugada o vazio e a solidão
Faz do meu coração sua morada
Isso é quem eu sou....
autoria de luvuvamo

sábado, 4 de abril de 2009

SILÊNCIO


No silêncio,
está a coversa que nuca tivemos
o deseijo insaciavel que nuca tivemos
a emoção inesplicavel que nuca tivemos

com ela ador,
frustando o amor nuca retribuido
matraltando o que nuca tivemos
alimentando o que nuca tivemos
da ansiedade silênciosamente destruido

no silêncio,
clama coração angustiado
pensamento vagueia
produzindo palvras destocido

esfriou-se no silêncio apaixão ardente,
ardente como fogo, radiante como sol
e forte como as correntezas do mar

da sua boca , amor eterno
á flor que haveria desabrochar
nas promessas, o conto de fada
consumido pelo tempo silênciosamente...
autoria de luvuvamo

sábado, 7 de março de 2009

Economia financeira

economia financeira, muitas vezes chamada simplesmente de finanças, está preocupada com a alocação dos recursos financeiros em um ambiente de risco (ou incerteza). Assim, seu foco está na operação dos mercados financeiros, na avaliação de preços de ativos financeiros, e na estrutura financeira das empresas.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Econometria e Economia matemática

Econometria

A econometria aplica métodos matemáticos e estatísticos para analisar dados relacionados com modelos econômicos.

Por exemplo, uma teoria pode levantar a hipótese de que pessoas com mais educação irão ter renda mais alta, na média, do que uma pessoa com menos educação, mantido o resto constante. Estimativas econométricas podem delimitar a magnitude e a significância estatística da relação.

A econometria pode ser usada para tecer generalizações quantitativas. Essas incluem testar ou refinar uma teoria, descrever uma relação de variáveis no passado e prever variáveis futuras.

Economia matemática

A economia matemática se refere a aplicações de métodos matemáticos para representar a teoria econômica ou analisar problemas surgidos na economia.

Esses métodos incluem cálculo e álgebra matricial. Autores citam suas vantagens na formulação e derivação de relações centrais em um modelo econômico com clareza, generalidade, rigor, e simplicidade.

Por exemplo, o livro de Paul Samuelson Fundamentos da Análise Econômica (1947) identifica uma estrutura matemática comum através de vários campos da disciplina.

Áreas da Economia

As áreas da economia podem ser classificadas de várias formas, no entanto uma economia é geralmente analisada através da microeconomia ou da macroeconomia.

Microeconomia

A microeconomia examina o comportamento econômico dos agentes (inclusive indivíduos e firmas) e suas interações em mercados específicos, dadas a escassez e regulação governamental. Um determinado mercado pode ser para um produto, digamos, milho fresco, ou os serviços de um fator de produção, por exemplo, os serviços de um pedreiro.
A teoria considera agregados de uma quantidade demandada por compradores e quantidade ofertada por vendedores para cada preço possível por unidade. A microeconomia une esses aspectos para descrever como o mercado pode atingir um equilíbrio em relação ao preço e a quantidade negociada ou responder a variações no mercado ao longo do tempo. Isso é geralmente referido como análise de oferta e demanda.

As estruturas do mercado, como competição perfeita e monopólio, são examinadas como implicações para o comportamento e para a eficiência econômica. A análise frequentemente procede a partir da assunção simplificadora de que o comportamento em outros mercados permanece inalterada, (ceteris paribus), isto é, análise de equilíbrio parcial.

A teoria do equilíbrio geral permite alterações em diferentes mercados e agrega todos os mercados, inclusive seus movimentos e interações em direção ao equilíbrio.

Macroeconomia

A macroeconomia, também conhecida como "cross-section", examina a economia como um todo, "de cima para baixo", para explicar amplos agregados e suas interações. Tais agregados incluem as medições do produto nacional bruto, a taxa de desemprego, e inflação dos preços e subagregados como o consumo todas e os gastos com investimento e seus componentes. Ela também estuda os efeitos da política monetária e política fiscal.

Desde pelo menos os anos 1960, a macroeconomia tem sido caracterizada pela integração cada vez maior com a modelagem de base micro de setores, inclusive a racionalidade dos agentes, o uso eficiente da informação no mercado, e a competição imperfeita. Isso tem abordado uma antiga preocupação sobre as inconsistências no desenvolvimentos da disciplina.

A análise macroeconômica também considera fatores que afetem o nível de crescimento da renda nacional no longo-prazo. Tais fatores incluem a acumulação de capital, mudança tecnológica e crescimento da força de trabalho.

ECONOMIA

Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar).

Um dos usos da economia é explicar como as economias, como sistemas econômicos, funcionam e quais são as relações entre agentes econômicos na sociedade em geral.

Métodos de análise econômica tem sido cada vez mais aplicados em campos de estudo que envolvem pessoas que tomam decisões em um contexto social, como crime, educação,a família, saúde, direito, política, religião, instituições sociais, e guerra.

A economia enquanto uma disciplina contemporânea se fia em estilos rigorosos de argumentação. Os objetivos incluem a formulação de teorias que sejam mais simples, mais frutíferas e mais confiáveis do que outras teorias ou nenhuma teoria.

A análise pode começar com um simples modelo que propõe uma hipótese de uma variável a ser explicada por outra variável. Com frequência uma hipótese em economia é somente qualitativa, não quantitativa. Isto é, a hipótese implica a direção de uma mudança em uma variável, não o tamanho da mudança, para uma certa mudança de outra variável.

Para clareza de exposição, a teoria pode proceder com a suposição de ceteris paribus, isto é, mantendo constante outros termos explicatórios que não aquele em questão. Por exemplo, a teoria quantitativa da moeda prediz um aumento no valor nominal da produção a partir de um aumento da oferta de moeda, ceteris paribus.

A teoria econômica é aberta às críticas de que ela confia em suposições irrealistas, não-verificáveis ou altamente simplificadas.[12] Um exemplo é a suposição da maximização do lucro pelas firmas competitivas. Respostas de executivos a perguntas sobre os fatores que afetam as suas decisões podem mostrar nenhum cálculo desse tipo.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

ANGOLA NO RITIMO SAMBA

ANGOLA RETRATADO E REPRESENTADA NA MAIOR FESTA PAPULAR DO BASIL PELO UM DOS MELHOR GRUPOS CARNAVALESCO DE SÃO PAULO.
A TOM MAIOR com o tema: Uma nova Angola se abre para o mundo! Em nome da paz, Martinho da Vila canta a liberdade! arastou celebridades do brasil, angola e de outros pais na passarela.
confira a letra da musica
Compositores do Samba-Enredo Maradona, Amós, Claudinei, Ferracini, Tinga e Ricardo


É nova Angola com mais amor

Seus ideais, de independência e libertação

Chega de guerra e opressão

Buscando o caminho da paz

Um povo que tanto sofreu... Renasceu

E brilha o sol da nova era

Reconstruindo a sua história

Rainha Nzinga guerreira

Com seu exemplo, rompeu fronteiras

Entre correntes e lamentos

A negritude atravessou o mar

Fazendo desse chão seu gueto

O Brasil é negro e hoje vem sambar



Oi deixa a gira girar... Vamos girar

A proteção zambi nos dá

Vem na ginga d'Angola

E deixa o corpo balançar



Mais tarde o filho volta, ao lugar que o concebeu

Levando a sabedoria que aprendeu

Axé para quem estendeu a mão

Firmando aliança com o nosso irmão

Reconhecendo essa nação

Angola tão cheia de luz!

Conquistada por um sonhador

Terra de seus ancestrais...

Exalta seu embaixador!

É Martinho, é José, partideiro, escritor

É da Vila Isabel, que fez Kizomba lá no bairro de Noel

Bate tambor batuqueiro O canto do negro ecoou É tempo de liberdade e felicidade Em Tom Maior é negra a cor.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

CABINDA

Cabinda é uma das 18 províncias da República de Angola, sendo um exclave limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico. A capital da província de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchiowa. Tem uma superfície de 7 283 km² e cerca de 265 000 habitantes. Os habitantes de Cabinda são conhecidos como Cabindas ou ainda por "fiotes". O dialeto falado é o Ibinda.

É constituída pelos municípios de Cabinda, sede da província, Cacongo, Buco-Zau e Belize.

Cabinda, conhecida no passado como Congo Português, foi a parcela do antigo Reino do Congo atribuída a Portugal, por ocasião da Conferência de Berlim (1885), quando simultaneamente nasceram o Congo Belga (ex-Zaire e actual República Democrática do Congo) e o Congo Francês (ex-Congo Brazzaville e actual República do Congo). Na realidade, Cabinda originalmente era unida territorialmente a Angola, mas a Bélgica reivindicou uma saída para o Atlântico para o seu Congo Belga, o que foi concedido por Portugal através de um acordo, selando definitivamente a separação de Cabinda do restante de Angola.

Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.

Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a continuar integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território devido às diferenças culturais e económicas e por historicamente não fazer parte do território de Angola, empreendeu luta de guerrilha visando a libertação.

Em 1 de Agosto de 2006, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD). As delegações da negociação eram chefiadas da parte da República de Angola por Virgílio Fontes Pereira, ministro da Administração do território angolano e da parte das populações de Cabinda por General Doutor António Bento Bembe, ex. presidente da FLEC-Renovada ora FLEC-PLataforma, que por imperativos da fusão entre a sua organização política-militar com a FLEC-Fac (do Miguel Estanislau Boma), passou a ocupar os cargos de Secretário-geral, vice-presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e Presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) em representação das populações de Cabinda.

Desde a mencionada data, os efectivos da FLEC e das Demais Organizações sob autoridade do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) foram aquartelados e a 6 de Janeiro de 2007, numa cerimónia de mais alto nível realizada em Cabinda, alguns dos elementos das ex. militares da FLEC foram integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos da FLEC e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa começaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais [1].

O "Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda".

Não obstante, a população de Cabinda que a princípio via o acordo como uma passo adiante no sentido de desenvolver a região, tem sentido que de prático o governo central e os ex-guerrilheiros agora no governo pouco tem contribuido, visto que apesar de responder por 80% da produção de petróleo do país, tais recursos escoam pelos ralos da corrupção e burocracia de Luanda e o desenvolvimento de Cabinda ainda é um sonho distante.

Bento Bembe é agora ministro sem pasta do governo central e tem propagado aos quatro cantos que não há guerra em Cabinda. De fato, a Flec - agora Frente de Libertação do Estado de Cabinda, com a liderança no exílio de Comandante Antonio Luis Lopes, tem pouco poder de combate depois da deserção e adesismo, mas mantem ataques contra forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas transnacionais terceirizadas a serviço de Luanda. É uma questão que tão não terá fim dada a dependência de Angola do petróleo de Cabinda e também porque sem apoio externo dificilmente a guerrilha logrará êxito total. Para mostrar normalidade Cabinda vai ser sede de um dos grupos da Copa Africana de Nações 2010.

Economia
O petróleo extraído em Cabinda representa cerca de 70% do crude exportado por Angola, e corresponde a mais de 80% das exportações angolanas. Cabinda tornou-se assim o palco de múltiplos interesses internacionais, e, consequentemente, território que tem sido alvo de constantes violações dos Direitos Humanos

O clima é tropical úmido, com precipitações anuais em torno de 800 mm. A temperatura média anual varia entre os 25 e os 30º Celsius.

Kwanza-Norte

Kwanza-Norte ou Cuanza-Norte é uma província de Angola. Tem área de 24 110 km² e sua população aproximada é de 654 000 habitantes. Sua capital é N'dalatando. É constituída pelos municípios de Ambaca, Banga, Bolongongo, Cambambe, Cazengo, Golungo Alto, Gonguembo, Lucala, Quiculungo e Samba Caju.

Essencialmente agrícola, a província, como o resto do país, sofreu os efeitos da guerra, o que a tornou deficitária, no plano alimentar e não só. Atualmente, estão a ser reabilitados os imensos campos agrícolas: produtos como o suculento ananás, a mandioca, as hortícolas, etc. são produzidos já com alguma abundância, o que vai permitir, a curto prazo, minorar as carências alimentares das populações. O café foi um dos grandes baluartes da produção agrícola, do Cuanza Norte. Este setor também já regista alguma recuperação.

No plano agro-pecuário, a província também se dedica a criação de gado. Há registo de um forte incremento deste setor, com vista a devolver os níveis de produção, anteriores.

Na cidade do Dondo, no município de Cambambe, situa-se a fábrica da EKA, uma das cervejas mais apreciadas do país. Também neste município se localiza a barragem hidroelétrica de Cambambe que abastece de eletricidade a capital do país.

A província é banhada entre outros rios, pelo gigante rio Kuanza, que é o maior rio totalmente angolano. As suas verdejantes margens oferecem refrescantes praias, principalmente no município do Dondo.

Uíge

Uíge é uma província de Angola. Tem uma área de 58 698 km² e a sua população aproximada é de 500.000 habitantes[1]. A capital da província também tem a designação de Uíge.

É constituída por 16 municípios, sendo a província angola maior número destas unidades administrativas. Os municípios são: Ambuíla, Bembe, Buengas, Bungo, Damba, Alto Cauale, Maquela do Zombo, Milunga, Mucaba, Negage, Puri, Quimbele, Quitexe, Sanza Pombo, Songo e Uíge.

Fica localizada no extremo norte do país, e suas fronteiras são: ao norte e leste, a República Democrática do Congo (Kinshasa), a sudeste, a província de Malanje, a sul, as províncias de Kwanza-Norte e do Bengo, e a oeste, a província do Zaire.

O clima do Uíge é quente, por isso se propicia ao cultivo de café, mandioca, dendé, amendoim, batata doce, feijão, cacau, sisal e outros em menor escala. Quanto a estações, só é possível distinguir duas: o tempo quente, chuvoso, que vai de setembro a maio, e de junho a agosto, um período de estio que é denominado cacimbo, durante o qual é feita a colheita do café.

O Uíge tem uma bacia hidrográfica que podemos chamar de médio porte, por haver rios de grande caudais.

Namibe

Namibe (antiga Moçâmedes) é uma província de Angola, dividida em 5 municípios. Tem área de 57 091 km² e sua população aproximada é de 314 000 habitantes. A capital da província é a cidade homônima.,

Os cinco municípios são: Namibe, Bibala, Virei, Camucuio e Tômbua.

A cidade do Namibe, foi fundada em 1849, com o nome de Moçâmedes mudado após a independência de Angola em 1975.

Dos diversos bairros periféricos, o mais extensivo é o Cinco de Abril. Surgiu em consequência das cheias do dia cinco de Abril de 2001. Maior parte dos populares perderam seus ente queridos e os haveres. Os sobreviventes foram encaminhados para a área desértica (antes), hoje já habitada.


Economia
Minérios: ouro, cobre, manganês, cromo, estanho, lenhite e muito mármore.
Principais Produções : citrinos, oliveira, videira, goiabeira, massango.
Pecuária: ovinos caraculo, caprinos
A pesca é outro meio de sustento para o povo do Namibe. O povo da província os Cuval, pastores por natureza, descendem do grupo Herero. A cidade do Tômbua dista a 93 km da cidade do Namibe. É o maior centro piscatória da província e quiçá do país. No Deserto do Namibe pode ser vista a rara planta Welwitchia mirabilis, e também o Parque Nacional do Iona. O deserto do Namibe ocupa uma área de 310 000 km2. O aeroporto Yuri Gagarine e o Porto Comercial, são as duas forças que associam-se ao transporte rodoviário para a importação e exportação dos produtos.

Huambo

Huambo é uma província de Angola. Tem de área 35 771 km2 e sua população aproximada é de 2 225 000 habitantes de etnia predominantemente umbundo. A sua capital é a cidade de Huambo.

Huambo foi a província com mais população de Angola até antes da Guerra Colonial, lugar que passou posteriormente a ser ocupado pela província de Luanda.

Tem um clima tropical de altitude, frio, saudável e com sol na primavera.

Os seus onze municípios são:

Huambo
Bailundo
Ekunha
Caála
Catchiungo (ex-Bela Vista)
Londuimbale
Longonjo
Mungo
Tchicala-Tcholoanga (ex-Vila Nova)
Tchindjenje
Ucuma (ex-Cuma)
É limitada pelas províncias de Kwanza-Sul, Bié, Huíla e Benguela.

As principais produções de agro-pecuária são: citrinos, batata, batata-doce, arroz, feijão, trigo, hortícolas de toda a sorte, gado bovino, cavalar, caprino, suíno e ovino.

No sub-solo existe para explorar o manganês, o diamante, o volfrâmio, o ferro, o ouro, a prata, o cobre, o minério radioactivo, entre outros.

A maior altitude do país situa-se no Morro Moco desta província, com mais de dois mil metros de altitude, e desta zona irradiam numerosos rios e riachos em direcção ao litoral e países vizinhos.

Por ela passa o extenso caminho de ferro de Benguela (CFB), vindo do litoral (Lobito) e indo até à fronteira com a República Democrática do Congo. Antes da independência nacional, esta era a via preferida para o escoamento dos minérios e mercadorias vindas do Congo e Zâmbia.

Nas suas extensas florestas abundam predominantemente árvores de médio porte, que alimentam a indústria da madeira e derivados, grande plantação de árvores xerófilas, com relevo para o eucalipto, ao longo dos caminhos de ferro em mais de mil quilómetros de extensão, muitos perímetros florestais de cedro e pinheiro, muitas flores de rara beleza, plantas comestíveis, medicamentosas e de adorno e frutos silvestres muito apreciados pelas populações locais. Em suma, a flora é exuberante e a fauna bastante diversificada com relevo para animais de grande porte, como o elefante, o hipopótamo, o rinoceronte cinzento, a girafa, os felinos como o leão, a onça e os gatos selvagens, e um sem número de antílopes de grande, médio e pequeno portes, lebres e cangurus anões.

Sáurios e répteis extremamente perigosos pela sua voracidade e veneno, como o jacaré, a cobra mamba e surucucú, habitam os lagos e os rios da região. Um sem número de pequenos animais da família dos insectos e aves exóticas polulam pelos céus da província, como os tchimbanduas, o célebre canário amarelo de olho vermelho da anhara (savana), as borboletas exóticas, os matrindindes, e, do conhecimento histórico que temos, também as aparições em catadupas de nuvens de gafanhotos saltões que tudo devoram à sua passagem. Porém hoje em dia devido a devastação causada pela guerra esses animais não existem mais na região, somente os reptéis.

A província do Huambo já foi, e agora, em tempo de paz, pretende voltar a ser, a principal produtora e exportadora de batata e milho do país.

Kuando-Kubango

Cuando-Cubango ou Kuando-Kubango é uma província de Angola, situada no sudoeste do país. É limitada a norte pelas províncias do Bié e Moxico, a leste pela República da Zâmbia, a sul pela República da Namíbia e a oeste pelas províncias do Cunene e Huíla.

A capital da província é a cidade de Menongue. Tem cerca de 664 mil habitantes e ocupa uma superfície de 199 335 km². É constituída pelos municípios de Calai, Cuangar, Cuchi, Cuito Cuanavale, Dirico, Mavinga, Menongue, Nancova e Rivungo. Esta zona de Angola era conhecida por «Terra do Fim do Mundo» por causa do aparente abandono da parte do poder central angolano, mas actualmente por «Terras do Progresso», devido ao seu potencial económico virgem.

Durante muito tempo alguns municípios, como Mavinga, Dirico,Cuchi e Cuito Cuanavale serviram como bases de apoio à guerrilha da UNITA, sendo por isso esta província designada, pelos apoiantes daquele movimento, como "terras livres de Angola". A UNITA só abandonou completamente estes territórios em finais de 2001 aquando da ofensiva das Forças Armadas Angolanas. A província, principalmente os municípios de Mavinga e Cuito Cuanavale, foi palco de grandes combates durante a guerra civil de 1975 a 1991.

Esta região angolana tem uma grande diversidade de fauna, podendo aí encontrar-se a palanca, o elefante, o rinoceronte, o hipopótamo, o leão, a hiena, a onça, a pacaça, o javali, a avestruz e aves e répteis variados.

LUANDA

Luanda é a menor província de Angola, com 2 418 km² de área. Sua população aproximada é de 1 823 000 habitantes. Sua capital é Luanda, a maior cidade e capital de Angola. Luanda é também a província de Angola mais industrializada e com o maior crescimento económico, que se deveu ao facto de praticamente não ter sofrido directamente os efeitos da guerra civil e também por se ter registado um êxodo das populações a partir das suas áreas de origem para Luanda. Actualmente, Luanda conta com novos investimentos em função do fim da guerra civil.

A província tem nove municípios que são:

Belas
Cacuaco
Cazenga
Ingombota
Kilamba Kiaxi
Maianga
Rangel
Samba
Sambizanga
Viana

O centro da cidade está a sofrer transformações e arranha-céus muito sofisticados contrastam com os musseques dos arredores da cidade. Acredita-se que mais de 70% da população da capital viva nas zonas suburbanas.

Luanda tem uma baía e uma restinga (Ilha de Luanda) que se estende por mais de catorze quilómetros de praias, restaurantes e moradias de pescadores.

Luanda Sul é a zona de maior desenvolvimento habitacional e é o local onde foi construído o primeiro shopping center de Angola: o Belas Shopping.

ANGOLA

Angola é um país da costa ocidental da África, cujo território principal é limitado a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a leste pela Zâmbia, a sul pela Namíbia e a oeste pelo Oceano Atlântico. Angola inclui também o enclave de Cabinda, através do qual faz fronteira com a República do Congo, a norte. Para além dos vizinhos já mencionados, Angola é o país mais próximo da colónia britânica de Santa Helena. Uma antiga colónia de Portugal, foi colonizada no século XV, e permaneceu como sua colónia até à independência em 1975. O primeiro europeu a chegar a Angola foi o explorador português Diogo Cão. Sua capital e maior cidade é Luanda.

Apesar da maior parte da população viver em pobreza, o país é o segundo maior produtor de petróleo[2] e exportador de diamante da África Subsaariana. Segundo o Fundo Monetário Internacional, mais de US$ 4 bilhões teriam sumido da tesouraria de Angola na década de 2000. Em 2000 foi assinado um acordo de paz com a FLEC, uma guerrilha que luta pela libertação de Cabinda,que ainda está ativo.[3]Daquela região,sai aproximadamente 65% do petróleo de Angola.

Angola está dividida em 18 províncias:
Bengo
Benguela
Bié
Cabinda
Kuando-Kubango
Kwanza-Norte
Kwanza-Sul
Cunene
Huambo
Huíla
Luanda-capital de Angola
Lunda-Norte
Lunda-Sul
Malanje
Moxico
Namibe
Uíge
Zaire


Segue-se a lista de municípios de Angola ordenada por província:

Província Capital Municípios
Bengo-Caxito Ambriz, Bula Atumba, Dande, Dembos, Ícolo e Bengo, Muxima, Nambuangongo, Pango Aluquém. 08

Benguela-Benguela Balombo, Baía Farta, Benguela, Bocoio, Caimbambo, Chongoroi, Cubal, Ganda, Lobito. 09

Bié-Kuito Andulo, Camacupa, Catabola, Chinguar, Chitembo, Cuemba, Cunhinga, Kuito, Nharea. 09

Cabinda-Cabinda Belize, Buco-Zau, Cabinda, Cacongo. 04

Cuando Cubango-Menongue Calai, Cuangar, Cuchi, Cuito Cuanavale, Dirico, Mavinga, Menongue, Nancova, Rivungo. 09
Cunene-Ondjiva Cahama, Cuanhama, Curoca, Cuvelai, Namacunde, Ombadja. 06

Huambo-Huambo Bailundo, Catchiungo, Caála, Ekunha, Huambo, Londuimbale, Longonjo, Mungo, Tchicala-Tcholoanga, Tchindjenje, Ucuma. 11

Huíla-Lubango Caconda, Caluquembe, Chiange, Chibia, Chicomba, Chipindo, Cuvango, Humpata, Jamba, Lubango, Matala, Quilengues, Quipungo. 13

Kwanza-Norte-N'dalatando Ambaca, Banga, Bolongongo, Cambambe, Cazengo, Golungo Alto, Gonguembo, Lucala, Quiculungo, Samba Caju. 10

Kwanza-Sul-Sumbe Amboim, Cassongue, Conda, Ebo, Libolo, Mussende, Porto Amboim, Quibala, Quilenda, Seles, Sumbe, Waku Kungo. 12

Luanda-Luanda Cazenga, Maianga, Ingombota, Samba, Viana, Cacuaco, Rangel, Kilamba Kiaxi, Sambizanga. 09

Lunda-Norte-Lucapa Cambulo, Capenda-Camulemba, Caungula, Chitato, Cuango, Cuílo, Lubalo, Lucapa, Xá-Muteba. 09

Lunda-Sul-Saurimo Cacolo, Dala, Muconda, Saurimo. 04

Malanje-Malanje Cacuso, Calandula, Cambundi-Catembo, Cangandala, Caombo, Cuaba Nzogo, Cunda-Dia-Baze, Luquembo, Malanje, Marimba, Massango, Mucari, Quela, Quirima. 14

Moxico-Luena Alto Zambeze, Bundas, Camanongue, Léua, Luau, Lucano, Luchazes, Lumeje, Moxico. 09

Namibe-Namibe Bibala, Camucuio, Namibe, Tômbua, Virei. 05

Uíge-Uíge Alto Cauale, Ambuíla, Bembe, Buengas, Damba, Macocola, Mucaba, Negage, Puri, Quimbele, Quitexe, Sanza Pombo, Songo, Uíge, Zombo. 16

Zaire-M'Banza Kongo Cuimba, M'Banza Kongo, Noqui, N'Zeto, Soyo, Tomboco. 07

Angola situa-se na costa atlântica Sul da África Ocidental, entre a Namíbia e o Congo. Também faz fronteira com a República Democrática do Congo e a Zâmbia, a oriente.
O país está dividido entre uma faixa costeira árida, que se estende desde a Namíbia chegando praticamente até Luanda, um planalto interior húmido, uma savana seca no interior sul e sudeste, e floresta tropical no norte e em Cabinda.
O rio Zambeze e vários afluentes do rio Congo têm as suas nascentes em Angola.

A faixa costeira é temperada pela corrente fria de Benguela, originando um clima semelhante ao da costa do Peru ou da Baixa Califórnia. Existe uma estação das chuvas curta, que vai de Fevereiro a Abril.

Os verões são quentes e secos, os invernos são temperados. As terras altas do interior têm um clima suave com uma estação das chuvas de Novembro a Abril, seguida por uma estação seca, mais fria, de Maio a Outubro.

As altitudes variam bastante, encontrando-se as zonas mais interiores entre os 1.000 e os 2.000 metros. As regiões do norte e Cabinda têm chuvas ao longo de quase todo o ano.

Maior altitude: Morro de Moco (2.620 m)
Menor altitude: Oceano Atlântico (0 m)

Línguas de Angola
O português é a única língua oficial de Angola. Para além de numerosos dialectos, Angola possui mais de vinte línguas nacionais.

A língua com mais falantes em Angola, depois do português, é o umbundo, falado na região centro-sul de Angola e em muitos meios urbanos. É língua materna de 26% dos angolanos.

O quimbundo (ou kimbundu) é a terceira língua nacional mais falada (20%), com incidência particular na zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Kwanza-Sul.

É uma língua com grande relevância, por ser a língua da capital e do antigo reino dos N'gola. Foi esta língua que deu muitos vocábulos à língua portuguesa e vice-versa.

O quicongo (ou kikongo) falado no norte, (Uíge e Zaire) tem diversos dialectos. Era a língua do antigo Reino do Congo.

Ainda nesta região, na província de Cabinda, fala-se o fiote ou ibinda. O chocué (ou tchokwe) é a língua do leste, por excelência.

Têm-se sobreposto a outras da zona leste e é, sem dúvida, a que teve maior expansão pelo território da actual Angola. Desde a Lunda Norte ao Cuando Cubango.

Cuanhama (kwanyama ou oxikwnyama), nhaneca (ou nyaneca) e mbunda são outras línguas de origem bantu faladas em Angola.

No sul de Angola são ainda faladas outras línguas do grupo khoisan, faladas pelos san, também chamados bosquímanos.

Embora as línguas nacionais sejam as línguas maternas da maioria da população, o português é a primeira língua de 30% da população angolana[carece de fontes?] — proporção que se apresenta muito superior na capital do país —, enquanto 60% dos angolanos afirmam usá-la como primeira ou segunda língua[carece de fontes?].
os Ovimbundos tenhe uma persentagem de(37%), Quimbundos (25%), Bakongos (13%) e outros grupos nativos o cupam o restante(25%).

Os habitantes de Angola são de diferentes etnias, com as seguintes percentagens.

Africanos negros: 95%
Brancos (majoritariamente os de origem portuguesa): 2%
Mulatos: 2%
Outros: 1%
sua moeda é o KWANZA

domingo, 22 de fevereiro de 2009

AFRICA

A África é o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) e o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e das Américas).

Tem cerca de 30 milhões de km², cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta e mais de 900 milhões de habitantes em 53 países, representando cerca de um sétimo da população do mundo.

Cinco dos países de África foram colónias portuguesas e usam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são ainda falados crioulos de base portuguesa.

A África é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos.

O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas, como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização européia. Esta divisão, feita devido a necessidade de matérias-primas e mercados consumidores, teve como consequências: dependência econômica, agravamento da desigualdade social e as lutas de fronteiras.

Apesar de se registrarem atualmente na África muitos conflitos de caráter político, como o da Costa do Marfim e o do Sudão, e muitas situações irregulares, como a de Angola, pode-se dizer que a maioria dos países do continente possuem governos democraticamente eleitos. As únicas exceções neste momento são a Somália, que não tem sequer um estado organizado e o Saara Ocidental, ocupado por Marrocos.

No entanto, é freqüente que as eleições sejam consideradas como sujas por fraude, tanto internamente, como pela comunidade internacional. Por outro lado, ainda subsistem situações em que o presidente ou o partido governamental se encontram no poder há dezenas de anos, como são os casos da Líbia e do Zimbabwe.

Em geral, os governos Áfricanos são repúblicas presidencialistas, com exceção de três monarquias existentes no continente:Lesoto, Marrocos e Suazilândia.

ADEUS Á HORA DA LARGADA

Adeus à hora da largada


Minha Mãe

tu me ensinaste a esperar
como esperaste nas horas difíceis

Mas a vida
matou em mim essa mística esperança

Eu já não espero
sou aquele por quem se espera

Sou eu minha Mãe
a esperança somos nós
os teus filhos
partidos para uma fé que alimenta a vida

Hoje
somos as crianças nuas das sanzalas do mato
os garotos sem escola a jogar a bola de trapos
nos areais ao meio-dia
somos nós mesmos
os contratados a queimar vidas nos cafezais
os homens negros ignorantes
que devem respeitar o homem branco
e temer o rico

somos os teus filhos
dos bairros de pretos
além aonde não chega a luz elétrica
os homens bêbedos a cair
abandonados ao ritmo dum batuque de morte
teus filhos
com fome
com sede
com vergonha de te chamarmos Mãe
com medo de atravessar as ruas
com medo dos homens
nós mesmos

Amanhã
entoaremos hinos à liberdade
quando comemorarmos
a data da abolição desta escravatura

Nós vamos em busca de luz
os teus filhos Mãe

Vão em busca de vida.

poema de Agostinho Neto dedicada á todas as mães negras cujos filhos partiram em terras longincuas e desconhecidas.

CARTA DUM CONTRATADO

Carta dum Contratado


Eu queria escrever-te uma carta
amor
uma carta que disesse
deste anseio
de te ver
deste receio de te perder
deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...
Eu queria escrever-te uma cara
amor
uma carta de confidências íntimas
uma carta de lembranças de ti
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como macongue
dos teus seios duros como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
que recordasse nossos dias na capôpa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixão
e a amargura nossa separação...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
que a não lesses sem suspirar
que a escondesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamãe Kieza
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento...

Eu queria escrever-te uma carta
amor
uma carta que te levasse o vento que passa
uma carta que os cajus e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que se o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levasse puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor...

Eu queria escrever-te uma carta...
Mas ah meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero - não sei escrever também!

poema de António Jacinto que retrata o analfabetismo e o desespero de um contratado ...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

SORISO

NELSON MANDELA

Nelson Rolihlahla Mandela (Qunu, 18 de julho de 1918) é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, como ativista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002.

Mandela formou-se em Direito e desde cedo deu início à sua atividade política. Com a implantação do regime apartheid no país, no fim da década de 40, assumiu frontalmente a sua oposição à segregação e aos preconceitos raciais. Em consequência foi sujeito à prisão e julgamento em 1962.

Como jovem estudante de direito, Mandela envolveu-se na oposição ao regime do Apartheid, que negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do ANC/CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos africâners Partido Nacional apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se activo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.

Comprometido de início apenas com actos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do CNA e outros grupos antiapartheid.

Em 1993, com de Klerk, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial. Em Maio de 1994, tornou-se ele próprio o presidente da África do Sul, naquelas que foram as primeiras eleições multirraciais do país. Cercou-se, para governar, de personalidades do ANC, mas também de representantes de linhas políticas.

Mandela foi um dos maiores líderes políticos da História Moderna

Em 1961 tornou-se comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo, fazendo também planos para uma possível guerrilha se a sabotagem falhasse em acabar com o apartheid; também viajou em coleta de fundos para o MK, e criou condições para um treinamento e atuação paramilitar do grupo.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 12 de junho de 1964 foi sentenciado novamente, dessa vez a prisão perpétua ( apesar de ter escapado de uma pena de enforcamento), por planejar ações armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos antiapartheid ao redor do mundo.

Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA (e que viria a público em 10 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" [1]

Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O CNA também foi tirado da ilegalidade.

Nelson Mandela recebeu em 1989 o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos. Ele e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da paz em 1993.

Mandela foi libertado pelo presidente Frederik de Klerk em 1990. Tornou-se então líder do Congresso Nacional Africano (ANC), do qual já de à muito se tornara referência. A sua experiência de luta contra o apartheid, a sua postura de moderado no período de transição para uma ordem democrática sem segregação, o claro objectivo de operar a reconciliação nacional que norteou as suas relações com o Presidente de Klerk, valeram-lhe um inesgotável prestígio no país e no estrangeiro. Mandela é provavelmente o político com maior autoridade moral no continente Africano, o que lhe tem permitido desempenhar o papel de apaziguador de tensões e conflitos.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Alguns radicais ficaram desapontados com os rumos de seu governo, entretanto; particularmente na ineficácia do governo em conter a crise de disseminação da SIDA/AIDS.

Mandela também foi criticado por sua amizade próxima para com líderes como Fidel Castro (Cuba) e Muammar al-Gaddafi (Líbia), a quem chamou de "irmãos das armas". Sua decisão em invadir o Lesoto, para evitar um golpe de estado naquele país, também é motivo de controvérsia.

Casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winnie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do CNA.
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush.

Ele é uma das duas únicas pessoas de origem não-indiana a receber o Bharat Ratna - distinção mais alta da Índia - em 1990. (A outra pessoa não-indiana é a Madre Teresa de Calcutá.)

Em 2001 tornou-se cidadão honorário do Canadá e também um dos poucos líderes estrangeiros a receber a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos controversos, atacando a política externa do presidente estadunidense Bush. No mesmo ano, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a SIDA (ou AIDS, no português brasileiro) chamada 46664 - número que lembra a sua matrícula prisional.

Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Sua saúde tem sofrido abalos nos últimos anos e ele deseja aproveitar o tempo que lhe resta com a família. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a SIDA/AIDS. Naquele mesmo mês ele viajou para a Indonésia, a fim de discursar na XV Conferência Internacional sobre a SIDA/AIDS.

Em Novembro de 2006, foi premiado pela Anistia Internacional com o prêmio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento à liderança na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos.

Em junho de 2008 foi realizado um grande show em Londres em homenagem aos seus 90 anos, onde participaram vários cantores mundialmente conhecidos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ANGOLA 1961 Á 1974

No princípio dos anos 60, três movimentos de libertação (UPA/FNLA, MPLA e UNITA) desencadearam uma luta armada contra o colonialismo português.

O governo de Portugal (uma ditadura desde 1926), recusou-se a dialogar e prosseguiu na defesa até ao limite do último grande império colonial europeu. Para África foram mobilizados centenas de milhares de soldados. Enquanto durou o conflito armado, Portugal procurou consolidar a sua presença em Angola, promovendo a realização de importantes obras públicas. A produção industrial e agrícola conheceram neste território um desenvolvimento impressionante. A exploração do petróleo de Cabinda iniciou-se em 1968, representando em 1973 cerca de 30% das receitas das exportações desta colónia. Entre 1960 e 1973 a taxa de crescimento do PIB (produto Interno Bruto) de Angola foi de 7% ao ano.

ANGOLA 1900 Á 1960

A colonização de Angola, após a implantação de um regime republicano em Portugal (1910), entra numa nova fase. Os republicanos haviam criticado duramente os governos monárquicos por terem abandonado as colónias. O aspecto mais relevante da sua ação circunscreveu-se à criação de escolas. No plano económico, desde muito tempo era legal 1916 na região de Luanda.

O desenvolvimento económico só se inicia de forma sistemática, em finais da década de 1930, quando se incrementa a produção de café, sisal, cana do açúcar, milho e outros produtos. Tratam-se de produtos destinados à exportação.

A exportação da cana do açúcar, em 1914, pouco ultrapassava as 6.000.000 toneladas. Em 1940 atingia já as 4.000.000.000 toneladas exportadas. As fazendas e a indústria concentraram-se à volta das cidades de Luena e de Benguela.

A exportação de sisal desenvolve-se durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em 1920, foram exportadas pouco mais que que 62 toneladas , mas em 1941 atingia-se já as 3.888. Dois anos depois, 12.731 toneladas. Em 1973 situavam-se nas 53.499. Estas plantações situavam-se no planalto do Huambo, do Cubal para Leste, nas margens da linha férrea do Dilolo, Bocoió, Balumbo, Luimbale, Lepi, Sambo, mas também no Cuinha do norte e Malange.

Abre-se um novo ciclo económico em Angola, que se prolonga até 1972, quando a exploração petrolífera em Cabinda começar a dar os seus resultados. A subida da cotação do café no mercado mundial, a partir de 1950, contribuiu decisivamente para o aumento vertiginoso desta produção. Em 1900, as exportações pouco ultrapassaram as 5.800 milhões de toneladas. Em 1930 atingiam as 14.851.Em 1943 subiam para 18.838. A partir daqui o crescimento foi vertiginoso. Em 1968 forma exportadas 182.954 e quatro anos depois, 218.681 toneladas.

Para além destes produtos, desenvolve-se a exploração dos minérios de ferro. Em 1957 funda-se a Companhia Mineira do Lobito, que explorava as minas de Jamba, Cassinga e Txamutete. Exploração que cedeu depois à Brasileira Krupp.

O desenvolvimento destas explorações, foi acompanhado por vagas de imigrantes incentivados e apoiados muitas vezes pelo próprio Estado. Entre 1941 e 1950, saíram de Portugal cerca de 110 mil imigrantes com destino às colónias, a maioria fixou-se em Angola. O fluxo imigratório prosseguiu nos anos 50 e 60.

Na década de 1950, a questão da descolonização das colónias africanas emerge no plano internacional e torna-se uma questão incontornável. Em 1956 é publicado o primeiro manifesto do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ANGOLA E ACHEGADA DOS PORTUGUESES

A chegada dos portugueses

Ilustração da rainha Nzinga em negociações de Paz com o governador português em Luanda em 1657.Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam ao Zaire em 1484. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos portugueses desta região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com o Reino do Congo, que dominava toda a região. A sul deste reino existiam dois outros, o de Ndongo e o de Matamba, os quais não tardam a fundir-se, para dar origem ao reino de Angola (c. 1559).

Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século XVI os portugueses instalam-se na região de Angola. O primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, procura delimitar este vasto território e explorar os seus recursos naturais, em particular os escravos. A penetração para o interior é muito limitada. Em 1576 fundam São Paulo da Assunção de Luanda, a actual cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado abastecedor de escravos para as plantações da cana-de-açúcar do Brasil.


Brasão de Angola enquanto colónia Durante a ocupação filipina de Portugal (1580-1640), os holandeses procuram desapossar os portugueses desta região, ocupando grande parte do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648 tropas luso-brasileiras expulsam os holandeses, possibilitando o reatamento das linhas de comércio entre Salvador e Rio de Janeiro com Luanda.

Até finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para as plantações e minas do Brasil ou de outra colônias do continente americano.

A ocupação dos portugueses não vai muito mais além das fortalezas da costa.

A colonização efectiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do Brasil (1822) e o fim do tráfico de escravos (1836-42), mas não da escravatura. Esta ocupação do interior tinha o caráter de uma resposta às pretensões de outras potências europeias, como a Inglaterra, a Alemanha e a França, que reclamavam na altura o seu quinhão em África. Diversos tratados são firmados estabelecendo os territórios que a cada uma cabem, de acordo com o seu poder e habilidade negocial.

Uma boa parte desses colonos são presos deportados de Portugal, como o célebre Zé do Telhado. Paralelamente são feitas diversas viagens com objectivos políticos e científicos para o interior do território angolano, tais como: José Rodrigues Graça (1843-1848) - Malanje e Bié; José Brochado - Huambo, Mulando, Cuanhama; Silva Porto - Bié.

Devido à ausência de vias de comunicação terrestes, as campanhas de ocupação do interior são feitas através dos cursos fluviais: Bacia do Cuango (1862), Bacia do Cuanza (1895, 1905 e 1908); Bacia do Cubango (1886-1889, 1902 e 1906); Bacia do Cunene (1906-1907); Bacia do Alto Zambeze (1895-1896); Entre Zeusa e Dande (1872-1907), etc.

As fronteiras de Angola só são definidas em finais do século XIX, sendo a sua extensão muitíssimo maior do que a do território dos ambundos, a cuja língua o termo Angola anda associado

ANGOLA E SUA ORIGEM

Na Lunda, no Zaire e no Cuangar foram encontrados instrumentos de pedra e outros, dos homens do Paleolítico. No Deserto do Namibe forem encontradas gravuras rupestres nas rochas. Trata-se das gravuras do Tchitundu-Hulo atribuídas aos antepassados dos khoisan.

Expansão bantuNos primeiros 500 anos da era actual, os povos bantu da África Central, que já dominaram a siderurgia do ferro, iniciaram uma série de migrações para leste e para sul, a que se chamou a expansão bantu.

Um desses povos veio-se aproximando do Rio Congo (ou Zaire), acabando por atravessá-lo já no século XIII e instalar-se no actual Nordeste de Angola. Era o povo quicongo (ou kikongo).

Outra migração fixou-se inicialmente na região dos Grandes Lagos Africanos e, no século XVII, deslocou-se para oeste, atravessando o Alto Zambeze até ao Cunene: era o grupo ngangela.

No ano de 1568, entrava um novo grupo pelo norte, os jagas, que combateram os quicongos que os empurraram para sul, para a região de Kassanje.

No século XVI ou mesmo antes, os nhanecas (nyanekas ou vanyanekas) entraram pelo sul de Angola, atravessaram o Cunene e instalaram-se no planalto da Huíla.

No mesmo século XVI, um outro povo abandonava a sua terra na região dos Grandes Lagos, no centro de África, e veio também para as terras angolanas. Eram os hereros (ou ovahelelos), um povo de pastores. Os hereros entraram pelo extremo leste de Angola, atravessaram o planalto do Bié e depois foram-se instalar entre o Deserto do Namibe e a Serra da Chela, no sudoeste angolano.

Já no século XVIII, entraram os ovambos (ou ambós), grandes técnicos na arte de trabalhar o ferro, deixaram a sua região de origem no baixo Cubango e vieram estabelecer-se entre o alto Cubango e o Cunene.

No mesmo século, os quiocos (ou kyokos) abandonaram o Catanga e atravessaram o rio Cassai. Instalaram-se inicialmente na Lunda, no nordeste de Angola, migrando depois para sul.

Finalmente, já no século XIX apareceu o último povo que veio instalar-se em Angola: os cuangares (ou ovakwangali). Estes vieram do Orange, na África do Sul, em 1840, chefiados por Sebituane, e foram-se instalar primeiro no Alto Zambeze. Então chamavam-se macocolos. Do Alto Zambeze alguns passaram para o Cuangar no extremo sudoeste angolano, onde estão hoje, entre os rios Cubango e Cuando.

As guerras entre estes povos eram frequentes. Os migrantes mais tardios eram obrigados a combater os que se estavam estabelecidos para lhes conquistar terras. Para se defenderem, os povos construíam muralhas em volta das sanzalas. Por isso, há em Angola muitas ruínas de antigas muralhas de pedra. Essas muralhas são mais abundantes no planalto do Bié e no planalto da Huíla, onde se encontram, também, túmulos de pedra e galerias de exploração de minério, testemunhos de civilizações mais avançadas do que geralmente se supõe.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948 (A/RES/217). Esboçada principalmente por John Peters Humphrey, do Canadá, mas também com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo - Estados Unidos, França, China, Líbano entre outros, delineia os direitos humanos básicos.

Abalados pela barbárie recente e ensejosos de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por URSS e Estados Unidos estabeleceram na Conferência de Yalta, na Inglaterra, em 1945, as bases de uma futura “paz” definindo áreas de influência das potências e acertado a criação de uma Organização multilateral que promova negociações sobre conflitos internacionais, objetivando evitar guerras e promover a paz e a democracia e fortaleça os Direitos Humanos.

Embora não seja um documento que representa obrigatoriedade legal, serviu como base para os dois tratados sobre direitos humanos da ONU, de força legal, o Tratado Internacional dos Direitos Civis e Políticos, e o Tratado Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Continua a ser amplamente citado por acadêmicos, advogados e cortes constitutionais. Especialistas em direito internacional discutem com freqüência quais de seus artigos representam o direito internacional usual.

A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento traduzido no maior número de línguas (337 em 2008).

ABOLICIONISMO

O abolicionismo foi um movimento político que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos.

Com antecedentes no pensamento e na doutrina dos papas, desenvolveu-se durante o Iluminismo do século XVIII, e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até à actualidade.

Após a Revolução Francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi abolida a escravidão em 4 de Fevereiro de 1794 na Convenção Nacional. Contudo, Napoleão restabeleceu a escravidão a 20 Maio de 1802. A abolição definitiva chegou em 27 de Abril de 1848.

O abolicionismo no Brasil remonta aos movimentos emancipacionistas no período colonial, particularmente à Conjuração Baiana (1798), em cujos planos encontrava-se o da erradicação da escravidão. Após a Independência do Brasil, as discussões a seu respeito estenderam-se pelo período do Império, tendo adquirido relevância a partir de 1850 e caráter verdadeiramente popular a partir de 1870, culminando com a assinatura da Lei Áurea (1888), que extinguiu essa instituição no país.

PRECONSEITO

Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual. De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada estereótipo, exemplo: "todos os alemães são prepotentes", "todos os americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos", etc.


Observa-se então que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro.

Entretanto, trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença, não do conhecimento, ou seja ele tem uma base irracional e por isso escapa a qualquer questionamento fundamentado num argumento ou raciocínio. Agora podemos perceber porque há tanta dificuldade de combatê-lo. Ou, nas palavras do filósofo italiano, "precisamente por não ser corrigível pelo raciocínio ou por ser menos facilmente corrigível, o preconceito é um erro mais tenaz e socialmente perigoso".[1]

Necessário também salientar, que há uma diferença substancial entre ter opinião ou formular um "conceito " (e não "pré-conceito") sobre qualquer assunto e o preconceito, em si. Eu posso, por exemplo, afirmar "preferir" negros a brancos (embora não abjete os últimos) sem que com isso esteja sendo "preconceituoso". O conceito, também, pode ser formulado com base em experiência reais e não apenas em opiniões

RACISMO

O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros.
O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial.
A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade.
O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjectiva gerada por uma seqüência de mecanismos sociais.

Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniqüidade.

EXCLUSÂO SOCIAL

As exclusões são de uma forma geral, dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. Estes grupos «excluídos» ou, que sofrem de exclusão social, carecem assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceites pela sociedade que os rodeia.

O termo «exclusão social» teve origem em França e, no modo francês de classificação social, neste caso, especificamente relacionado com pessoas ou grupos desfavorecidos. O sociólogo francês Robert Castel (1990), definiu a exclusão social como o ponto máximo atingível no decurso da marginalização, sendo este, um processo no qual o indivíduo se vai progressivamente afastando da sociedade através de rupturas consecutivas com a mesma.

A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Um trabalhador de uma classe social baixa, pode ser pobre e estar integrado na sua classe e comunidade. Deste modo, factores/estados como a pobreza, o desemprego ou emprego precário, as minoria étnicas e ou culturais, os sem-abrigo e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não é obrigatório que o sejam.

O termo exclusão, implica que um indivíduo, ou grupo de indivíduos seja excluído de algo, deste modo, exclusão social indica alguém que é excluído da sociedade.

POBREZA

A pobreza pode ser entendida em vários sentidos, principalmente:

Carência material; tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais.
Falta de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários). As medições do nível económico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em "rendimento relativo". A União Europeia, nomeadamente, identifica a pobreza em termos de "distância económica" relativamente a 60% do rendimento mediano da sociedade.
Carência Social; como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia.
Carência energética para mudar o que não pode ser mudado, o impossível esta dentro de vossa mente, a superação dos paradigmas faz a ponte de um estado-baixo em estado-alto. Falta de auto-estima, baixa espiritualidade.

CONSCIÊNCIA

A consciência é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sentiência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.


Representação gráfica de consciência do século XVII.Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência (Block 2004). Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras".


Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.

SAUDADES


SAUDADES
Saudades...
Vocábulo angustiante
tristeza inconveniente
memória assobrante...

Saudades...
Melodia triste de canção
de um amor destorcido
de uma ilusão inusitada

saudades...
Diz o coração deprimido
sufocado e amargurado
alimentado pela dor

saudades...
de uma felicidade incongruente
de uma alegria excruciante
de um desejo que obstruíste

saudades...
Lembranças á preto e branco
ancorado pelo pesadelo
suportado pelo amor
torturada pelas aparências
e reposicionado pela saudade...
Escritor luvuvamo